quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

FIAT LUX: o aumento dos derivados do petróleo.

E após um grande show circense, só comparado às promoções feitas para vender meias vivarina em alguns canais de televisão, a Presidente Dilma anunciou a redução do preço da tarifa da energia elétrica.


Só não mostrou a conta desta “promoção”, no montante de vários bilhões de reais, que será paga pelo Tesouro Nacional, em resumo, dinheiro que poderia ser revertido em favor do próprio contribuinte.

Agora, alguns dias depois, foi anunciado o aumento dos preços dos derivados de petróleo, de forma sorrateira e sem querer dar explicações, chegando a Presidente a destratar alguns jornalistas quando questionada.

Ainda vivemos em uma democracia, pelo menos em tese, e transparência é primordial, devendo o Governo, através da Senhora Presidente Dilma Roussef, vir a público se explicar sobre o aumento dos combustíveis.

Temos ainda que, com a estiagem em várias regiões do Brasil, foi necessário colocar em funcionamento todas as usinas termelétricas disponíveis, muitas das quais abastecidas com óleo combustível.

Segundo estimativas do Banco Santander, divulgadas pelo Jornal Valor Econômico, o uso da termelétricas custa mais de R$ 2,7 bilhões por mês aos cofres públicos e, certamente, tais custos serão impactados pelos aumento do preço dos derivados de petróleo, diluindo o festejado corte das tarifas de energia, mais uma razão para o Governo buscar omitir-se em suas explicações sobre o tema.

Tudo isso porque a há muito tempo noticiada auto-suficiência na produção petrolífera é falácia, havendo a necessidade de importação do produto e estando seus preços sujeito às interferências do mercado externo, sendo o petróleo do pré-sal, anunciado em 2006, uma realidade distante, sendo a rentabilidade de sua extração ainda duvidosa.

Este ambiente turvo, trouxe ainda mais uma nefasta consequência, a perda de credibilidade da Petrobrás, devido a sua administração política e temerária, instrumentalizada pela partidarização da empresa, levando à desvalorização de suas ações e queda de seu valor de mercado.

Então como diz o adágio “faça-se a luz” e que se diga a verdade ao povo brasileiro, não a escondendo por detrás do pão e circo da Bolsa Família e da Copa do Mundo!



quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O neocoronelismo brasileiro.

Tratando da miscelânea que se tornou o sistema partidário brasileiro, já havia escrito o artigo “A sopa de letrinhas dos Partidos no Brasil.” (http://luizdavid.blogspot.com.br/2010/05/sopa-de-letrinhas-dos-partidos-no.html), no qual descrevi o histórico que levou a situação em que nos encontramos.

De lá para cá mais três partidos obtiveram seu registro no TSE (Partido Pátria Livre – PPL, Partido Social Democrático – PSD e Partido Ecológico Nacional – PEN).

Surgiram, ainda, novas iniciativas no mesmo sentido, como a fundação da Aliança Renovadora Nacional, a nova Arena, que se diz de caráter conservador, o Partido Alternativo dos Trabalhadores – PAT, o Partido Solidariedade – PS, articulado pelo Deputado Paulinho da Força Sindical, além da enigmática e generalista iniciativa denominada “O Novo Partido” (http://www.onovopartido.com.br/).

Agora, a ex-Ministra, ex-Senadora e presidenciável Marina Silva, juntamente com seu grupo político, denominado “Nova Política”, anuncia a criação de mais um partido, buscando abrigá-los e lastrear sua nova candidatura à Presidência.

O que merece destaque neste processo é o questionamento de que se, realmente, existem divergências ideológicas tão relevantes justificadoras da existência e criação destas legendas, ou se simplesmente cada um deles somente reflete a tendência personalista e caudilhesca da política brasileira, com a criação de várias legendas com direito a acesso ao Fundo Partidário e ao Horário Eleitoral Gratuito, ambos custeados com recursos públicos, como forma de expor de forma privilegiada os “donos” e elites burocráticas destes feudos políticos.

Seria mais honesto que se utilizasse, como nas atividades comerciais, ao invés de nome de ideologias que nada tem haver com os objetivos dos novos partidos, o nome de seus “neocoronéis”, criando-se o Partido “fulano de tal” e assim por diante.

Mas, como sempre, fica o alerta, a sustentação de tal sistema depende também da participação do povo, com a coleta de assinaturas para a criação de legendas e através do exercício do voto, cabendo a cada um de nós pensarmos no Brasil e na comunidade que realmente queremos.


P.S.: Conforme noticiado pelo Portal iG (http://colunistas.ig.com.br/poderonline/):

A ex-senadora Marina Silva decidiu recorrer às redes sociais para definir o nome do novo partido que vai criar para embarcar na corrida eleitoral do ano que vem. As opções colocadas até agora fogem bastante do padrão da política tradicional.
Até agora, estão em votação Semear (Sustentabilidade, Educação, Meio Ambiente, Ética e Renovação), Gaia Rede Verde, Plural e Partido da Terra e Brasil Vivo. O anúncio com o resultado da votação será feito em 16 de fevereiro, em Brasília.



segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.

-- Rui Barbosa

Frases, poemas e mensagens no
http://pensador.uol.com.br