Nossas principais redes de televisão e outros canais de notícias divulgam estarrecidos o ataque sofrido pela Rede de Televisão venezuelana Globovision, a única que ainda se atreve a fazer oposição ao caudilhismo de Hugo Chávez.
A tática de perseguição e intimidação da imprensa não é uma exclusividade venezuelana, sendo amplamente difundida nos regimes autoritários mundo afora e seguida a risca por aqui pelo Equador, aliado do regime chavista.
Já no Brasil a coisa é diferente...
Como bem disse o Presidente Lula, é necessário que se conheça e respeite a biografia do Presidente Sarney.
Este, quando Presidente da república, teve ACM, o pai do coronelismo eletrônico na Bahia e no Brasil, como Ministro das Comunicações e foi pródigo na distribuição de concessões de emissoras de rádio e televisão em troca de apoios.
Agora Lula, seguindo os passos de Sarney, a quem defende e mostra ser conhecedor da biografia, inova ao passar a conceder emissoras de rádio e televisão a entidades sindicais, curiosamente fora das bases de atuação destas.
Sarney criou para sua família e aliados um império da comunicação, praticamente monopolista, no Maranhão, Lula prestigia os burocratas de nossa nefasta estrutura sindical, mais especificamente dos Sindicatos ligados à CUT, seu berço sindical.
Assim é nossa imprensa livre, dominada por oligarcas regionais, como o também ex-Presidente Collor, que utilizam seus veículos para defender até hoje seu padrinho Sarney, além de seus interesses pessoais, buscando inverter os papéis e colocar no banco dos réus pessoas honradas, como o Senador Simon (PMDB-RS).
Ou, quando não são seguidos, buscando calar a os jornais no Judiciário, como no caso Fernando Sarney X O Estado de São Paulo.
Pensando bem, a Venezuela não é tão longe daqui, nossa vizinha está mais próxima do que parece...