Há pouco mais de um ano das eleções municipais, as peças começam a ser reposicionadas no xadrez eleitoral e a principal mudança por momento é a anunciada fusão do PTB com o Democratas, unindo um partido governista com um oposiucionista, mas com tendência de gerar uma nova sigla de combate ao Governo Dilma, como podemos ver:
Josias de Souza
08/04/2015 06:10
Decididos a se fundir, PTB e DEM reuniram suas cúpulas e definiram os detalhes
da parceria. A legenda resultante da junção vai se chamar PTB-25, a logomarca de
um e o número do outro. Será presidida pela filha do delator do mensalão Roberto
Jefferson, a deputada federal Cristiane Brasil (RJ), hoje no comando do PTB. Às
voltas com um inquérito no STF, o senador José Agripino Maia, atual presidente
do DEM, abrirá mão do posto.
Formalmente,
a nova legenda se autodefinirá como “independente” em relação ao governo. Na
prática, adotará um discurso de oposição. Responderão pela liderança do partido
os atuais líderes do DEM —deputado Mendonça Filho (PE) e senador Ronaldo Caiado
(GO), duas das vozes mais antigovernistas do Congresso. Algo que deve empurrar
para fora do PTB Armando Monteiro, atual ministro do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior. Ele já foi inclusive sondado apra ingressar no PDT.
Estima-se
que a fusão será sacramentada em cerca de seis meses. Medido pela bancada na
Câmara, que serve de parâmetro para o rateio do tempo de televisão e do fundo
partidário, o novo partido terá 46 deputados. Será a quarta maior bancada, atrás
apenas de PT, PMDB e PSDB. À frente do PSD, legenda criada por Gilberto Kassab a
partir de uma costela do DEM.
A fusão entre o DEM e o PTB foi praticamente aprovada hoje. A Executiva do DEM reuniu-se ao meio dia e, por 21 votos contra quatro, aprovou a fusão. No final da tarde (18h30), será a vez da Executiva do PTB deliberar, mas já há ampla maioria. O novo partido adotará o nome PTB e o número 25, que pertence ao DEM. Sua bancada deve ter 43 deputados e sete senadores, partindo da expectativa de que o novo partido perderá quatro deputados e um senador de Pernambuco. Eles são ligados ao ministro Armando Monteiro (Desenvolvimento).
A nova sigla se posicionará na oposição. Mas alguns de seus militantes preveem que haverá divisão, pois na Câmara o DEM é de oposição e o PTB governista. Os dois partidos planejam promover convenções no início de maio e depois pedem registro ao TSE. O martelo foi batido num encontro no Rio, na noite de ontem, do qual participaram o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM); os presidentes do DEM, senador José Agripino, e do PTB, deputada Cristiane Brasil; o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho; os deputados federais Rodrigo Maia (DEM), José Carlos Aleluia (DEM e Benito Gama (DEM); e, o vereador Cesar Maia
Quero
mais
O objetivo imediato do novo PTB é derrubar o veto
da presidente Dilma sobre troca de partidos. Eles querem que o partido
resultante de fusão possa receber deputados de outas siglas. Dizem que podem
chegar a terceira bancada da Câmara.
Surpreso,
derrotado e incorporado
O senador Ronaldo Caiado (DEM)
não esperava o placar de 21 x 4 a favor da fusão com o PTB. Ele avalia que a
união afetará o respeito, a coerência e a confiança do eleitor. Mas seus
companheiros de partido garantem que ele vai para o PTB.
Não
tem bala
Contrário à fusão com o DEM, o líder do PTB na
Câmara, Jovair Arantes, terá de procurar outra sigla se não quiser aderir ao
novo PTB, que fará oposição ao governo Dilma. Os trabalhistas deram de ombros:
“Se ele quiser ficar, fica”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário