sexta-feira, 5 de outubro de 2018

O que seria do Brasil sem a Lava Jato.


A imagem da denominada “Operação Lava-Jato” ficou ligada à atuação do Juiz Federal Sérgio Moro, titular da 13ª Vara Criminal de Curitiba-PR, entretanto, este não é o único e muito menos o principal ator da Operação.
Em realidade, a operação teve como nascedouro investigações de Polícia Federal, atrás de doleiros que realizavam a lavagem de dinheiro e outros crimes e, incidentalmente, encontrou-se nesta rede a vinculação com dinheiro público desviado de operações ilícitas, envolvendo dirigentes da Petrobrás, para o favorecimento de políticos de vários partidos.
A investigação atingiu aos dirigentes indicados politicamente, empresários de empreiteiras que pagavam propinas para obter contratos e os políticos beneficiados, merecendo destaque a chamada “Lista da Odebrecht” na qual constava o nome de quase 300 políticos beneficiados, desde Vereadores a Ministros de Estado e Presidentes de Partidos, das mais variadas localidades e legendas políticas.
Como resultado das investigações, o Ministério Público Federal propôs diversas ações criminais, as quais não estão tramitando somente na Vara Criminal da qual o Juiz Moro é titular, mas também em outros Estados e Tribunais, incluindo no STF.
Como se vê, agentes, peritos, delegados, promotores e procuradores, além de como já dito outros juízes, desembargadores e ministros são os personagens ocultos da Operação, que muitas vezes não tiveram, ainda, o seu necessário reconhecimento da população.
Mas estamos à porta das eleições gerais de 2018, onde cada brasileiro poderá escolher os projetos e propostas que quer para nosso País e nossos Estados e que, certamente, influenciarão em nossas cidades.

Mas fica a reflexão e um exercício mental, “Como seria o Brasil sem a Lava-Jato?”, imagine que, da mesma forma como temos a chance de escolher agora, tivéssemos feito escolhas diferentes nas eleições anteriores.
Para quem acha que todo político é igual, temos que pensar que mesmo a lista sendo longa, existe uma maioria de políticos que não se envolvem em escândalos e ilegalidades, não aparecendo na mídia em geral, pois isto não gera impacto e não traz audiência.
A internet nos traz inúmeras ferramentas para escolher bem, conhecer a vida e projetos dos candidatos e verificar se é um “ficha limpa”, inclusive acompanhando suas contas, destacando-se o portal da Justiça Eleitoral (http://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-2018/sistema-de-divulgacao-de-candidaturas-e-prestacao-de-contas-eleitorais-divulgacandcontas).
 Em um mundo onde as pessoas estão cada vez mais focadas na sua individualidade, ficando preocupadas com a situação econômica e da segurança pública, como se bastasse encher seu cofrinho de dinheiro e ter a garantia de que este não seja roubado, no melhor estilo Tio Patinhas, temos que pensar que está em jogo não somente nossa situação individual hoje, mas, também, das gerações futuras, e que projetos de saúde e educação devem sim ser a prioridade, pois com uma população que tenha pleno acesso a estes serviços atingiremos o desenvolvimento humano tão almejado, o que acarretará em progressão social, não individual, mas de forma equilibrada e mais igualitária para toda a sociedade, equacionando o problema econômico e eliminando, naturalmente, as questões criminais.
Está em nossas mãos a arma mais eficaz para acabar com a criminalidade e a corrupção: O VOTO.
Com ele sendo utilizado de forma consciente, vamos construir uma Nação mais justa, e a falta de opção não pode ser uma desculpa, em face dos milhares de candidatos ao nosso dispor.
Vamos juntos construir o nosso Brasil sem as “Lava Jato”.
“Para o triunfo do mal só é preciso que os bons homens não façam nada.”
Edmund Burke

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