A imagem da denominada “Operação
Lava-Jato” ficou ligada à atuação do Juiz Federal Sérgio Moro, titular da 13ª
Vara Criminal de Curitiba-PR, entretanto, este não é o único e muito menos o
principal ator da Operação.
Em realidade, a operação teve
como nascedouro investigações de Polícia Federal, atrás de doleiros que
realizavam a lavagem de dinheiro e outros crimes e, incidentalmente,
encontrou-se nesta rede a vinculação com dinheiro público desviado de operações
ilícitas, envolvendo dirigentes da Petrobrás, para o favorecimento de políticos
de vários partidos.
A investigação atingiu aos
dirigentes indicados politicamente, empresários de empreiteiras que pagavam
propinas para obter contratos e os políticos beneficiados, merecendo destaque a
chamada “Lista da Odebrecht” na qual constava o nome de quase 300 políticos
beneficiados, desde Vereadores a Ministros de Estado e Presidentes de Partidos,
das mais variadas localidades e legendas políticas.
Como resultado das investigações,
o Ministério Público Federal propôs diversas ações criminais, as quais não
estão tramitando somente na Vara Criminal da qual o Juiz Moro é titular, mas
também em outros Estados e Tribunais, incluindo no STF.
Como se vê, agentes, peritos,
delegados, promotores e procuradores, além de como já dito outros juízes,
desembargadores e ministros são os personagens ocultos da Operação, que muitas
vezes não tiveram, ainda, o seu necessário reconhecimento da população.
Mas estamos à porta das eleições
gerais de 2018, onde cada brasileiro poderá escolher os projetos e propostas
que quer para nosso País e nossos Estados e que, certamente, influenciarão em
nossas cidades.
Mas fica a reflexão e um
exercício mental, “Como seria o Brasil sem a Lava-Jato?”, imagine que, da mesma
forma como temos a chance de escolher agora, tivéssemos feito escolhas
diferentes nas eleições anteriores.
Para quem acha que todo político
é igual, temos que pensar que mesmo a lista sendo longa, existe uma maioria de
políticos que não se envolvem em escândalos e ilegalidades, não aparecendo na
mídia em geral, pois isto não gera impacto e não traz audiência.
A internet nos traz inúmeras
ferramentas para escolher bem, conhecer a vida e projetos dos candidatos e
verificar se é um “ficha limpa”, inclusive acompanhando suas contas, destacando-se
o portal da Justiça Eleitoral (http://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-2018/sistema-de-divulgacao-de-candidaturas-e-prestacao-de-contas-eleitorais-divulgacandcontas).
Em um mundo onde as pessoas estão cada vez
mais focadas na sua individualidade, ficando preocupadas com a situação
econômica e da segurança pública, como se bastasse encher seu cofrinho de
dinheiro e ter a garantia de que este não seja roubado, no melhor estilo Tio
Patinhas, temos que pensar que está em jogo não somente nossa situação
individual hoje, mas, também, das gerações futuras, e que projetos de saúde e
educação devem sim ser a prioridade, pois com uma população que tenha pleno
acesso a estes serviços atingiremos o desenvolvimento humano tão almejado, o
que acarretará em progressão social, não individual, mas de forma equilibrada e
mais igualitária para toda a sociedade, equacionando o problema econômico e
eliminando, naturalmente, as questões criminais.
Está em nossas mãos a arma mais
eficaz para acabar com a criminalidade e a corrupção: O VOTO.
Com ele sendo utilizado de forma
consciente, vamos construir uma Nação mais justa, e a falta de opção não pode
ser uma desculpa, em face dos milhares de candidatos ao nosso dispor.
Vamos juntos construir o nosso
Brasil sem as “Lava Jato”.
“Para o triunfo do mal só é preciso que os bons homens não façam nada.”
Edmund Burke
Nenhum comentário:
Postar um comentário