quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Mais Médicos ou Mais Escravos.

Desde seu anúncio, pela Presidente Dilma e o Ministro da Saúde Antônio Padilha, o Programa “Mais Médicos”, que visa à contratação de profissionais para atuarem em localidades com carência em assistência médica, vem causando inúmeras polêmicas.
Acaloradas discussões vem sendo travadas acerca das causas da falta de profissionais médicos pelo interior e periferias do País, tendo sido levantados diversos fatores, tais como baixa remuneração e ausência de infraestrutura.
Independente das causas de tal problema, as quais necessitariam um aprofundado estudo a fim de serem eliminadas, o Governo Federal foi em frente com o programa, promovendo um conturbado sistema de inscrições e seleção, no qual foram aceitos, inclusive, médicos estrangeiros e brasileiros formados no exterior e sem diplomas revalidados no Brasil.
Mesmo com tais critérios, que geraram novas discussões, o número de profissionais interessados, ficou muito abaixo das metas inicialmente estabelecidas.
Assim, para não ver mais um de seus programas naufragar prematuramente, a Presidente Dilma, seguindo o modelo adotado por países de desenvolvimento social inferior ao brasileiro, como Bolívia, Equador, Venezuela e Haiti, decidiu pela “importação” de quatro mil médicos cubanos.
A parceria foi fechada com a intermediação da Organização Pan-Americana de Saúde, e o governo pagará dez mil reais por cada médico a entidade, que repassará os valores ao governo cubano, sendo este que irá decidir quanto repassará para cada profissional.
Uma operação no mínimo questionável em pleno século XXI, onde os mais basilares direitos fundamentais relacionados à liberdade e ao trabalho deixam de ser observados, reduzindo estes profissionais médicos à qualidade de mercadoria, que é negociada pelo governo ditatorial de seu país, um neoescravismo em plena era digital.
Causa maior espanto que a operação seja patrocinada pela administração do Partido que se autodenomina “dos Trabalhadores”.

Enfim, fica o questionamento moral: é correto buscar o minoramento das mazelas sociais de um povo se utilizando das lamúrias e descaso a que é submetido outro?


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