Reza o velho
adágio que Religião, Política e Futebol não se discutem.
Ultimamente,
infelizmente, temos presenciado fatos que poderiam dar razão a esta assertiva.
Atentados
terroristas recentes na Rússia, Líbano, Egito e Síria, todos com pano de fundo
político-religioso.
Brigas em
arenas esportivas em diversos lugares do mundo e modalidades, chegando ao
cúmulo de registro de óbitos.
E lutas
corpóreas entre parlamentares em diversas casas legislativas, em níveis e
locais diferentes, substituindo a discussão de projetos, tem se tornado
frequentes nas imagens dos telejornais.
Todavia, a
chave para tudo isso pode ser resumida em duas questões básicas: tolerância e
respeito.
No mundo
globalizado em que vivemos a informação circula de forma cada vez mais rápida,
e todos temos o direito de expressar nossos pontos de vista e debater as ideias
com as quais não concordemos, eventualmente, desde que exercitamos a tolerância
e respeito à opinião do próximo.
Filosoficamente,
a moral varia de acordo com o grupo social, local e época em que nos
encontrarmos, sendo, desta feita, que o que pode nos parecer um absurdo, seja
moralmente correto para outro grupo social, cabendo à ética a crítica e
discussão acerca das facetas de cada uma destas morais.
Mesmo assim,
há de se respeitar, primordialmente, os Direitos Fundamentais de cada cidadão,
englobando os civis, políticos, sociais e das futuras gerações.
O debate
salutar de ideias, mesmo acerca de assuntos que podem parecer menos importantes
para o desenvolvimento social, como preferência esportiva, deve ser sempre
incentivado.
Até porque o
mundo moderno criou um novo conceito de desenvolvimento baseado nas cidades
criativas, onde o desenvolvimento econômico e social destas baseia-se em
atividades esportivas, culturais e de lazer, gerando, logo, polêmicas, pois no
mundo livre nem todos apreciarão as mesmas coisas.
Enfim, entendo
melhor difundir o clássico pensamento de Voltaire, que afirma “Posso não concordar com
nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de
você dizê-las.”
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