SOM NA REDE (ELEITORAL)
Alguns artistas do Rio procuraram um grande escritório de advocacia para acionar a Presidência da República. É que a página de Dilma Rousseff no Facebook, no tópico ‘Bom dia, pra você’, tem veiculado canções sem autorização.
PMDB do RN se alia a Aécio Neves, PSB e DEM
João Domingos, Estadão
Sob o comando do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (foto abaixo), e do ministro da Previdência, Garibaldi Alves, o PMDB do Rio Grande do Norte abriu um racha na coligação que apoia a presidente Dilma Rousseff, excluiu o PT da aliança local e se juntou aos principais partidos de oposição, a exemplo do PSB, PSDB, DEM e PPS.
O candidato a governador será o próprio Henrique Alves, numa coligação de cerca de 20 partidos. O Estado tem 2,5 milhões de eleitores.
Agora vai?
Pela enésima vez, líderes de alguns partidos da Câmara vão se reunir segunda-feira à noite para ver se conseguem votar algum item da reforma política no primeiro semestre. Não será fácil, ainda mais em ano eleitoral.
Pela enésima vez, líderes de alguns partidos da Câmara vão se reunir segunda-feira à noite para ver se conseguem votar algum item da reforma política no primeiro semestre. Não será fácil, ainda mais em ano eleitoral.
Cronologia da má gestão
Dilma amarga inferno astral com popularidade em queda, Brasil rebaixado e Petrobras na berlinda
Março foi um mês recheado de más notícias para Dilma Rousseff, que cada vez deixa mais clara sua incapacidade para governar o país. O inferno astral tem múltiplas causas, como os discursos sem sentido, a tomada de decisões sem o devido cuidado e a inabilidade política e administrativa. Entre os resultados, alta reprovação popular em áreas sensíveis como saúde, rebaixamento da nota do Brasil por agência internacional de classificação de risco e a revelação sucessiva de malfeitos na maior estatal brasileira – a Petrobras – motivando o pedido de criação de CPI no Congresso. Confira estes e outros destaques do mês que está acabando:
Nota vermelha em pesquisa: pesquisa CNI/Ibope aponta reprovação popular do governo Dilma em todas as nove áreas aferidas pelo levantamento (saúde, impostos, educação, taxa de juros, combate à inflação, combate ao desemprego, meio ambiente e combate à fome e à pobreza). Divulgada no último dia 27, a última rodada do levantamento é uma resposta dos brasileiros a tantos desmandos. A somatória dos que consideram a atual gestão regular ou ruim/péssima atinge 63%. Para tucanos, os números refletem a incapacidade da petista de promover melhorias concretas em áreas cruciais para a vida da população e à percepção dos brasileiros de que o país caminha para o rumo errado.
Brasil rebaixado por agência de risco: no dia 24, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixa a nota de crédito do Brasil, coroando a má qualidade do conjunto da obra de Dilma. A S&P citou a deterioração das contas públicas, o endividamento ascendente e os prognósticos declinantes para o crescimento da nossa economia como razões para a decisão. Há possibilidade concreta, por exemplo, de o teto da meta de inflação (6,5% ao ano) ser batido nos próximos meses.
Aval a péssimo negócio na Petrobras: nunca antes na história deste país a Petrobras amargou tantas notícias negativas como em março. A maior estatal brasileira vem sendo alvo certeiro dos malfeitos da gestão petista, com prejuízos bilionários para os seus acionistas e para o país. Um dos símbolos da dilapidação da Petrobras é a desastrosa compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. A justificativa da presidente Dilma de que só apoiou em 2006 a aquisição de Pasadena porque recebeu “informações incompletas” de um parecer “técnica e juridicamente falho” comprova que a petista toma decisões importantes para o país sem o devido cuidado. Se a petista fosse, de fato, uma boa “gerente”, teria tido mais cuidado.
Malfeitos levam à CPI: o prejuízo bilionário registrado nesta operação foi um dos motivos que levaram a oposição a defender uma CPI para investigar desmandos na Petrobras. O PSDB teve papel decisivo para o êxito na coleta de assinaturas. Para os tucanos, a investigação é crucial para defender a estatal no processo de destruição de seu patrimônio conduzido pelo PT. Para se ter uma ideia, em 2008, o valor de mercado da Petrobras alcançou R$ 450 bilhões. Hoje, não chega a R$ 190 bilhões. Milhares de brasileiros que investiram em ações da estatal amargam perdas.
Comissão investigará petrolífera: no dia 11, o plenário da Câmara impôs uma derrota humilhante para a presidente ao aprovar, por 267 votos a 28, o requerimento da oposição que cria comissão externa de deputados para ir à Holanda acompanhar a investigação de denúncias de propina na Petrobras. O resultado ocorreu meio a uma crise envolvendo a base aliada ao Planalto na Casa. A suspeita é de que US$ 139 milhões teriam sido destinados a intermediários e funcionários da Petrobras pela empresa holandesa SBM Offshore, que aluga plataformas de petróleo. A PF e MP também vão apurar o caso.
Convocação de ministros: a criação da comissão externa não foi a única derrota de Dilma no Parlamento. Em apenas um dia (12/3), comissões aprovaram a vinda de dez ministros e da presidente da Petrobras para vir à Câmara para dar explicações sobre desmandos diversos. Deputados atribuíram a crise à incapacidade de articulação política e de diálogo da petista, cada vez mais escancarada. Além disso, avaliam que a rebelião representa um basta à tentativa da gestão petista de transformar o Legislativo em quintal do Planalto.
Discursos sem sentido: “Pode saber que sempre que você vê, sabe, você vê isso tudo, você fica achando que é, os meus problemas também passam a ser muito pequenos, os problemas de cada um da gente, porque é a gente diante da natureza e da força dela, não é?”. Foi o que afirmou Dilma em entrevista coletiva concedida no último dia 15 em Porto Velho (RO), em mais um exemplo de discurso confusos e sem sentido. O pior é a repetição sucessiva de falas descoordenadas da petista tanto no Brasil como no exterior.
Desastre no setor elétrico: a fantasia de contas de luz baratinhas que o governo propagandeou à exaustão em 2012 não vai durar. O modelo do setor elétrico idealizado por Dilma está fazendo água por todos os cantos e demandando aportes bilionários, bancados por contribuintes e consumidores. Em março, a equipe econômica anunciou um pacotaço que eleva a R$ 31 bilhões os custos gerados pelo desequilíbrio criado no setor a partir da edição de uma medida provisória em 2012. Para bancar o rombo, vem mais aumento aí. Mas de olho nas urnas, a conta será repassada ao consumidor somente depois das eleições. E mais: apesar das negativas reiteradas de racionamento, no fim do mês o governo admitiu a necessidade de economia de energia para não faltar luz na Copa, em junho.
Terra arrasada nas estatais: além da Petrobras, a Eletrobras também está se tornando um símbolo da má gestão petista. Curiosamente, enquanto esteve na oposição, o PT se notabilizou por um incisivo discurso de defesa dessas empresas, apresentando seus adversários com capazes de um monte de maldades. Mas os verdadeiros algozes são eles mesmos. Apenas no 4º trimestre de 2013, por exemplo, a Eletrobras registrou prejuízo líquido consolidado de R$ 5,5 bilhões. A empresa paga caro pela mudança do marco legal do setor elétrico determinada em setembro de 2012 pela presidente Dilma.
(Da redação/Charges: Fernando Cabral)
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