quinta-feira, 10 de abril de 2014

Clipping Político 10/04/2014

Vem, Lula

 

 

 

Elio Gaspari, O Globo
Quem viu a final do vôlei masculino das Olimpíadas de Londres há de se lembrar. O Brasil ganhara dois sets e faltava só fechar um ponto para levar o ouro, quando o técnico russo botou Dmitry Muserskiy (2,1 metros) na quadra. Resultado: a Rússia fez o ponto, levou os dois sets seguintes e ficou com o ouro. Se o PT achar que a reeleição de Dilma corre perigo, deixará Lula no banco para agradar a seus adversários?
Tudo ficaria melhor se Lula saísse como candidato a presidente. Por cinco razões:
1) Porque é maior de idade e está no exercício de seus direitos políticos.
2) Porque o “Volta Lula” vem enfraquecendo o governo do poste que ele ajudou a botar no Planalto.
3) Porque uma parte do desgaste que está corroendo a doutora Dilma é dele e foi-lhe jogado no colo. Afinal, o mensalão e as petrorroubalheiras nasceram na sua administração.
4) Porque a outra parte do desgaste da doutora está associada ao mito da gerentona, criado por ele. Afinal, é a “Mãe do PAC”.
5) Porque a transformação do PT num aparelho arrecadador de fundos teve o seu permanente beneplácito, tanto durante os oito anos em que esteve na Presidência, como depois. O deputado André Vargas não é um ponto fora da curva, mas uma luzinha dentro da estrela vermelha.
As urnas decidirão se o PT deve receber um novo mandato presidencial. Quatro anos de Dilma mostraram que o poder é mais do partido do que do ocupante do Planalto. Isso não deriva de qualquer malignidade intrínseca do comissariado, mas do fato que ele é o único partido organizado do país. Se os outros não se organizaram e o máximo que fazem é combinar jantares, o problema é deles.
Vitorioso, o PT terá 16 anos ininterruptos de poder. Isso jamais aconteceu na História brasileira e não fará diferença se esse mandato for exercido por Lula ou Dilma. Pelo contrário, para o bem ou para o mal, ele representa melhor a estrela que fundou do que ela, uma convertida tardia.
A entrada de Lula na disputa daria maior clareza à escolha. Se ele é um político prestigiado, com 37% dos entrevistados pelo Datafolha dispostos a votar em quem tiver seu apoio, torcer para que fique no banco de reservas é uma ilusão.
Chegou-se a abril e os dois candidatos da oposição produziram apenas listas de celebridades e palavrório. Sabe-se mais das diferenças entre os prováveis candidatos republicanos para a eleição americana de 2016 do que das plataformas de Aécio Neves e Eduardo Campos.
Há pouco a Câmara aprovou uma medida provisória com centenas de contrabandos. Entre eles, mais uma estia para sonegadores de impostos e um mimo para os planos de saúde que não cumprem os contratos que vendem aos clientes. Isso só foi conseguido por um acordo de lideranças parlamentares, com o apoio das bancadas oposicionistas.
Nas três últimas eleições presidenciais os candidatos tucanos escondiam Fernando Henrique Cardoso, sem explicar por quê. Agora, Aécio Neves e Eduardo Campos escondem que fazem oposição a Lula. Talvez acreditem que só devem falar claro às vésperas da eleição, seguindo protocolos estabelecidos pelos marqueteiros. Nas eleições anteriores fizeram isso e, derrotados, procuraram culpar essa nova modalidade de astrólogos.




Elio Gaspari é jornalista.
 


NOTA: O Blog apoia este movimento, porque este senhor ainda tem muito a explicar.

MARA GABRILLI NÃO DESCARTA SER VICE DE AÉCIO EM OUTUBRO
Publicado: 10 de abril de 2014 às 8:24
Por: 




Deputada federal pelo PSDB de São Paulo e defensora das políticas públicas para pessoas com deficiência, Mara Gabrilli está sendo cotada para vice na chapa presidencial do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Ela conta com um apoio de peso em favor do seu nome, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que se tornou nesta pré-campanha tucana uma espécie de mentor intelectual do senador mineiro e tem atuado de forma ativa nas discussões programáticas e na estratégia política.
Em sua defesa, FHC alega que, além de ser um nome de São Paulo, maior colégio eleitoral do País e reduto fundamental na corrida à Presidência da República, com cerca de 32 milhões de eleitores ou 22% de todo o Brasil, a deputada pode agregar valor à chapa do PSDB, pois tem encantado os correligionários pela ferrenha defesa das causas humanitárias e também pela desenvoltura que tem demonstrado no cenário político.
Há 18 anos, Mara sofreu um acidente de carro que a deixou tetraplégica. O episódio a levou a superar limites e a encarar a vida com otimismo. Para trabalhar em prol das políticas públicas para um universo de pessoas com alguma deficiência no País, estimado em cerca de 45 milhões de pessoas, ela fundou, em 1997, a ONG Projeto Próximo Passo, que se expandiu e transformou-se no Instituto Mara Gabrilli, e em 2005 entrou para a política.
Nas eleições de 2008, já obteve a marca de mulher mais bem votada no Brasil. Mesmo assim, ela diz que jamais pensou em compor uma chapa presidencial. “Me sinto lisonjeada por meu nome estar sendo citado”, diz a deputada, em entrevista exclusiva ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. E completa, bem-humorada, que o único convite que recebeu até o momento foi justamente para ser “vice-líder da bancada do PSDB na Câmara dos Deputados.”
Na entrevista, Mara diz que nunca pensou sobre a hipótese de compor a chapa presidencial de Aécio, mas fica “muito lisonjeada” de ver seu trabalho reconhecido. “Agora, se tiver um convite formal, eu tenho que pensar, que estudar, ver o que o cargo exige. É claro que não vou falar (se o convite for formalizado) ‘nunca’, que dessa água não beberei. Mas eu tenho um projeto específico para estar na política.” No seu entender, o papel de vice numa campanha como esta é muito importante. “É um papel muito importante, acho que agrega demais. Por exemplo, uma vice como (a ex-senadora) Marina Silva (na chapa do pessebista Eduardo Campos) agrega afeto, confiança, uma espécie de sentimento de guardiã das boas causas. Não sinto isso com o Temer (o peemedebista Michel Temer, que deve ser novamente o vice na chapa de Dilma Rousseff).”
Elizabeth Lopes

PSB já dá como certa fusão com o PPS após a eleição

Nos bastidores, dirigentes do PSB do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos já dão como  certa uma fusão com o PPS após a eleição. Desde que os acordos para a eleição deste ano nos estados caminhem sem sobressaltos.
Os socialistas enxergam na união entre os dois partidos a chave para impulsionar seu tamanho no Congresso. Isso porque a criação de uma nova legenda abriria automaticamente uma nova janela para atrair deputados de outros partidos.
Se porventura Eduardo Campos se sair melhor que a encomenda e ganhar a eleição presidencial, aí então seria o melhor dos mundos, vislumbra um aliado do socialista, com um discurso pra lá de otimista.



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