Governo Dilma amarga um dia infernal
06/05/2015
- 03h00
Ricardo Noblat
Foi ontem o pior dos dias até agora do segundo
mandato da presidente Dilma Rousseff.
Está bem, exagero. Certamente foi um dos piores
dias.
O que o governo amargou em menos de 12
horas:
1. Foi adiado o início da votação das Medidas
Provisórias 665 e 665 do ajuste fiscal;
2. O PMDB anunciou que não tem mais compromisso
de aprovar o ajuste devido à posição do PT;
3. Por sua vez, o PT recusou-se a garantir os
votos dos seus 64 deputados para aprovação do ajuste;
4. A Câmara aprovou em definitivo a Proposta de
Emenda à Constituição conhecida como PEC da Bengala, que aumenta a idade limite
da aposentadoria compulsória de 70 para 75 anos no caso de ministros de
tribunais superiores. Com isso, Dilma perderá a chance de indicar cinco novos
ministros do Supremo Tribunal Federal e, pelo menos, mais 15 de outros
tribunais;
5. Um ruidoso panelaço recepcionou em 18
capitais o programa de propaganda eleitoral do PT no rádio e na televisão;
6. Na CPI da Petrobras, Paulo Roberto Costa,
ex-diretor da empresa, disse que dinheiro da corrupção alimentou a campanha de
Dilma em 2010. Apontou a política do governo de defasagem do preço dos derivados
como principal responsável pelo prejuízo de R$ 60 bilhões da Petrobras;
7. Em depoimento à Justiça Federal do Paraná,
Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, revelou que foi convidado para o cargo
pelo então presidente Lula e sua ministra das Minas e Energia, Dilma. Negou que
o PMDB tivesse tido algo a ver com isso;
8. Este ano, , segundo admitiu a Associação
Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), cerca de 35 mil a 40
mil empregos serão extintos na indústria automobilística, que atravessa uma de
suas piores crises.
Eduardo Cunha tripudia sobre o PT
06/05/2015
- 10h03
Ricardo
Noblat
Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, é mau como um pica-pau.
Permitiu
que seus aliados da Força Sindical enchessem as galerias da Câmara para assistir
à votação do ajuste fiscal.
E
eles se encarregaram de vaiar e de gritar palavras de ordem contra o PT quando
algum deputado do partido discursava ou tentava fazê-lo.
Sibá
Machado, líder do PT, quase foi impedido pelas vaias de falar.
José
Guimarães (PT-CE), líder do governo, pediu a Eduardo para que controlasse as
manifestações.
Eduardo
não o fez. Parecia divertir-se.
Antes
da sessão, ela havia ironizado o PT:
-
Espero que o PT retorne à base de apoio ao governo.
PLANOS
FUTUROS
PT
DEVE VIRAR LINHA AUXILIAR PARA NÃO DESAPARECER
CIENTE
DE UMA DERROTA HISTÓRICA, A SAÍDA É VIRAR LINHA AUXILIAR
Publicado:
06 de maio de 2015 às 00:01 - Atualizado às 00:44
Com pesquisas internas apontando que a tendência
é o PT sofrer nas eleições municipais de 2016 a
maior derrota desde a sua
fundação, a cúpula do
partido ouviu de Lula a orientação de começar a
negociar
alianças para “humildemente” se
transformar na linha auxiliar em coligações
partidárias.
O PT pretende assumir o papel meramente de coadjuvante,
desempenhado hoje por aliados como PMDB, PP e PR.
Em sua nova fase “humilde”, tipo “paz e amor”,
o
PT vai se preparar para postular no máximo
o lugar de vice, nas chapas para
prefeito.
As pesquisas só foram apresentadas a três
dirigentes
do PT e a Lula – o que pode explicar o
nervosismo dele, em suas
últimas aparições.
O PT somente tentará assumir a cabeça de
chapa,
nas eleições do próximo ano, em municípios
onde não haja risco de derrota.
O PT tentará retomar a defesa dos bons
costumes
políticos e, ao contrário da sua atitude
no mensalão, promete expulsar os
corruptos.
Leia mais na Coluna Cláudio
Humberto
Nenhum comentário:
Postar um comentário