quarta-feira, 21 de maio de 2014

Mais um dia...

Ligo a TV e o programa está anunciando os preços da saca do café em diversos locais país afora, paro e escuto por alguns instantes, como vivi tanto tempo sem saber disso.
Quando saio do banho já está passando o jornal, com o tradicional mal humor matinal do repórter, que mais parece um sádico, feliz por só divulgar notícias ruins, tragédias e criticar os outros.
No outro jornal, que vem depois, mas não tenho mais tempo para ver, porque saio de casa antes, lembro que, toda segunda-feira, em seu final, o Chico Pinheiro terminava a edição desejando "coragem".
Coragem nada, que mais tem de perigoso numa pobre segunda-feira.
Já viram aquela tradicional cena de filme em que o mocinho foge de algo, uma tribo enfurecida, um dinossauro ou uma manada de animais selvagens e, invariavelmente, termina à beira de um precipício.
Pois é, nas dificuldades, quando me deparo com os precipícios da vida, tenho a mesma atitude dos personagens de filmes, pulo.
Sempre achei um rio lá embaixo, para, após quase me afogar, nadar até as margens... o dia em que ele não estiver lá espero poder lhes contar como é o Paraíso.
Não a estação do Metrô, pois desço na da Sé, apressado com a manada, até lembrar que ainda é cedo, e dá tempo sempre para uma paradinha para admirar algum artista anônimo que toca o piano que deixaram na estação.
Mas báh... está na hora de colocar o crachá, vamos em frente, sempre, e parar de viajar nas ideias.
Tenham um bom dia! todos os dias! e, ao final, uma vida maravilhosa feita de lindos pontinhos diários.



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