quinta-feira, 29 de julho de 2010

Os Correios e a eficiência no setor público brasileiro.

A Carta de Pero Vaz de Caminha à Corte Portuguesa, escrita e remetida logo após o Descobrimento do Brasil, é tida como a Certidão de Nascimento de nossa Nação, o que demonstra a importância do setor das correspondências na história brasileira.


Logo após nossa independência foi instituído um serviço postal próprio e, já sob o cetro de Dom Pedro II, o Brasil foi o segundo País do mundo, em 1843, a realizar a emissão de selos postais, atrás somente do Reino Unido (1840), contando, também, desde aquela época com caixas de coleta de correspondências, corpo de carteiros, serviço de entrega domiciliar e os então vanguardistas serviços telegráficos de telecomunicações.

Em 1969, visando aprimorar e modernizar ainda mais o setor, foi criada a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT, conhecida junto à população em geral como os “Correios”, a qual sempre foi considerada como símbolo de eficiência e orgulho dentro dos serviços públicos brasileiros, tradicionalmente ineficazes e atrasados.

Entretanto, os recentes acontecimentos, com a demissão do Presidente da empresa em 28/07/2010, trazem à tona os nefastos efeitos do aparelhamento sindical-partidário dos cargos nas estatais, realizado pelo desgoverno petista, onde cargos técnicos são entregues a apadrinhados de aliados, incompetentes tecnicamente.

Relatórios internos do próprio Governo detectaram que os Correios vem apresentando crescente ineficiência na prestação de seus serviços por má gestão, ocasionando atraso na entrega de correspondências, falha na realização de concursos públicos e na licitação de agências franqueadas e a queda nos resultados financeiros, culminando a situação com o provável “apagão postal” que pode estar batendo às portas, com o vencimento no final de 2010 dos atuais contratos de franquia sem que haja substitutos para tais.

Muito se criticou o Governo de Fernando Henrique pelas privatizações que realizou, como, por exemplo, a da Usiminas, CSN e empresas de telecomunicações, mas, o que hoje se vê é que os setores e empresas privatizadas são exemplos de excelência em suas respectivas áreas, cumprindo suas funções econômicas e sociais, ao contribuírem para o crescimento nacional, gerando divisas, criando empregos e prestando serviços de qualidade.

Ao contrário, como no caso dos Correios, a ineficiência do setor público vem se tornando cada vez mais difundida, mesmo em setores que eram anteriormente de qualidade.

Independentes de públicos ou privados, o que realmente importa é que o serviços prestados à população sejam eficientes e de qualidade, o que não vem ocorrendo.

Não podemos nos dar ao luxo de quebrar o País para satisfazer o desejo de grupelhos políticos de se manterem no Poder, elegendo seu sucessor, ás custas da qualidade de vida de todo um povo.

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