quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Opiniões e omissões...


Polêmico sempre, omisso nunca” era a máxima do saudoso amigo Benedito Nogueira Franco, pessoa de opiniões controversas, que muitas vezes criava ou entrava em discussões por duas de suas principais qualidades, ter uma mente pensativa e criativa e por ser sincero ao expressar seus pontos de vista e opinião.
Em um mundo cada vez mais individualista, onde as aparências valem mais que o conteúdo moral e sabedoria acumulada, a sinceridade se transforma em um defeito, pois em um ambiente permeado de concorrência individual e, no mais das vezes, desleal,  pessoas sinceras são manipuladas e tal qualidade é utilizada contra os livre pensadores.
Mas como gosto de sempre afirmar, “A omissão é a máscara dos covardes!” e aqueles que se escondem por detrás dos lugares-comum impingidos por determinadas organizações e pelo mercado ou não conseguem disfarçar eternamente a excusidade de sua finalidades, sempre de natureza individualista, ou são denunciados por sua falta de conteúdo, por não conseguirem se manifestar quando o tema foge da cartilha em que foram adestrados.
Importante é ressaltar que os espaços nos diversos ramos de atuação da sociedade estão aí prontos para serem preenchidos, e se não estamos satisfeitos com as condições atuais, devemos nos mobilizar para ocupar tais posições, pois os capacitados são culpados por suas omissões, ao permitir que os mal intencionados ocupem tais lugares.

O Conhecimento sem atitude é um puro desperdício, é hora de agirmos!


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Reflexões ...

Longe, diz o título do celebrado livro, é um lUgar que não existe,
mas às vezes pouco menos que uma Centena de quilômetros pode parecer uma eternidade,
como galáxIas que se encontram  à anos-luz uma da outra,
o tempo e o espaço são de uma relatividade imensA,
e, nas profundezas da escuridão abissal do uNiverso,

podem se esconder as mais profundas e sinceras histórias de Amor...

e assim a vida prossegue em seu fluxo, onde cada segundo e cada micrometro tornam-se imensos e podem fazer toda a diferença...

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Musas e Amores

Desde Helena de Tróia a mitologia e a arte vem exaltando suas musas, amores e desamores.
A Ana de Humberto Gessinger com seus lábios que o fazem perder-se como em um labirinto, lábios que remetem ao sorriso enigmático da Mona Lisa de Da Vinci.
Vários casos de amor que terminam, mas que mantém vivos sentimentos nos corações dos encantados por suas musas, como o por Ana Júlia, na música dos Los Hermanos, e, também, na música do saudoso Tim Maia, pela garota que se foi e de que tanto ele gostava.
Amores que acabam com a separação, como em Drão,  que retrata o fim do casamento de Gilberto Gil e Sandra (o Sandrão como ele a chamava), sempre na esperança da germinação de um novo.
Amores que são interrompidos pela morte, como o de Maria Lúcia e João de Santo Cristo em Faroeste Caboclo.
Ou o mais fecundo e inspirados dos amantes e admiradores de nossas Vênus, o carioca Tom Jobim, com a sua Garota de Ipanema, desfilando pela praia, ou Luiza, que também inspirou o artista em um bar numa roda de amigos, ou a Luciana que, também, lhe traz muita dor, além de amor, sempre, como em outra canção, sabendo que ia lhe amar para sempre, mesmo sofrendo na espera de um incerto retorno.
Musas que inspiram amores, a eterna busca e mola propulsora da humanidade e de cada um de nós, intercalados por passagens de sofrimento, que nos remetem às mais belas obras e composições, porque como já afirmou Victor Hugo “A medida do amor é amar sem medida”.


Luiza

Conhecendo as origens das lindas composições...

Antonio Carlos Jobim explica a origem da composição - "Ana Luíza foi uma moça bonita que apareceu no Antonio's, num dia que estava chovendo. Ela correu para aquela varandinha do Antonio's. Era uma moça alta, grande, uma grande moça e uma moça grande. Estavam lá Chico Buarque, Carlinhos de Oliveira, uma quadrilha imensa. Chico começou a falar com aquele riso dele, aquelas palavras incríveis e depois a chuva passou e ela foi embora. E ficou o nome. Depois aconteceu que me casei com Ana e mais tarde nasceu minha filha Luíza. E eu fiz uma canção premonitória, aquela "Luíza", boa canção, canção forte. Já me perguntaram se a canção foi feita para ela. Foi feita na casa da Rua Peri, aqui embaixo, a uns 300 metros, e depois Luíza nasceu já aqui na casa da Rua Sara Vilela."



Luiza
Tom Jobim

Rua,
Espada nua
Boia no céu imensa e amarela
Tão redonda a lua
Como flutua
Vem navegando o azul do firmamento
E no silêncio lento
Um trovador, cheio de estrelas
Escuta agora a canção que eu fiz
Pra te esquecer Luiza
Eu sou apenas um pobre amador
Apaixonado
Um aprendiz do teu amor
Acorda amor
Que eu sei que embaixo desta neve mora um coração

Vem cá, Luiza
Me dá tua mão
O teu desejo é sempre o meu desejo
Vem, me exorciza
Dá-me tua boca
E a rosa louca
Vem me dar um beijo
E um raio de sol
Nos teus cabelos
Como um brilhante que partindo a luz
Explode em sete cores
Revelando então os sete mil amores
Que eu guardei somente pra te dar Luiza
Luiza
Luiza

“Eu me represento: eu voto”


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Reminiscências...

Andando pela cidade vi uma criança brincando, ou melhor, se lambuzando, com um pirulito em forma de boca, querendo se maquiar de palhaço. A mãe, é claro, ficou muito brava com a sujeira feita, mas o pequeno se divertia, zanzando de um lado para o outro.
Lembrei-me de minha infância, onde o domingo era o grande dia da semana, acordava cedo e ficava papeando com meu vô Luiz, que se sentava em um banco na cozinha.
Após, invariavelmente, íamos ao Cemitério, subindo pela Rua Senador Dantas, onde adorava passar por uma calçada que, até hoje, tem alguns degraus, nas proximidades da esquina com a Rua Dom Antonio Cândido Alvarenga.
Percorríamos alguns túmulos dos quais eu já sabia de quem eram, nossos antepassados, e as histórias deles, contados pelo vovô, o qual hoje se encontra repousando num deles.
Após, o momento épico, enquanto o vô Luiz se reunia em torno de uma mesa para jogar seu tradicional dominó com os amigos, no tradicional Bar do Pedrão japonês, na esquina das ruas Senador Dantas e Cândido Vieira, podia saborear um dos saborosos sorvetes caseiros que eram vendidos por lá, preferia o picolé de abacate, mas os de coco, maracujá e morango também eram deliciosos...e este, como ao menino do começo da história, deixavam o entorno de minha boca todo vermelho, como a pintura de um palhaço... 
E assim, em um simples momento, no meio da rua e de todos, viajei no tempo... lembranças que me orgulham de ser chamado de Luizinho, pois um dia caminhei de mãos dadas com um Vô Luiz que era muito maior, em sabedoria e em carinho, sempre de seu jeito simples de ser, e me tornei assim Luizinho, um diminutivo espero não só do nome, mas das qualidades dele.



sexta-feira, 11 de outubro de 2013

38 ciclos de translação.

E já é 11 de outubro de 2013... Acabo de completar 38 anos de minha caminhada neste pequeno planeta azul, o terceiro do sistema desta pequena estrela chamada Sol.
 Sob os auspícios da Consciência Cósmica, o tempo e o espaço se tornam cada vez mais relativos, fatos que mudaram meus caminhos e já se deram há 25, 20, 12, 3 anos vem à mente como se tivessem acabado de ocorrer, numa viagem dimensional.
Quanto mais buscamos evoluir, mais duras e difíceis se tornam as lições, perceber que para tornar alguém feliz, muitas vezes, é preciso soltar sua mão e permitir que continue sua caminhada por conta própria, longe de nós.
Entender que nem todos vão saber aproveitar da mesma maneira oportunidades mágicas que a vida nos concede.
Buscar respeitar o momento de cada um e ter humildade de saber o momento de pedir ajuda.
Somos as máquinas mais incríveis já construídas e, por isso mesmo, a de funcionamento mais complexo e imprevisível, onde manuais são inúteis.
O tempo faz voltas e se dobra sobre si mesmo, reunindo destinos ou os afastando com a mesma agilidade, e às vezes ficamos parados tentando entender o que esta acontecendo ao nosso redor, sendo levados pelo caudaloso rio de energia a que chamamos de VIDA!
Somos eternos buscadores e aprendizes...


“Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece.
Nasce o sol, e o sol se põe, e apressa-se e volta ao seu lugar de onde nasceu.
O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos.
Todos os rios vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr.
Todas as coisas são trabalhosas; o homem não o pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir.
O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.
Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós.
Já não há lembrança das coisas que precederam, e das coisas que hão de ser também delas não haverá lembrança, entre os que hão de vir depois.”



quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Todos iguais...

Como diria a letra da música “Ninguém É Igual a Ninguém” de Humberto Gessinger, “São todos iguais. E tão desiguais. Uns mais iguais que os outros”, estrofe esta que poderia ser, sem alguma dificuldade, referência ao sistema partidário brasileiro.
Semana passada Marina Silva lutava aguerridamente pelo registro junto ao TSE de seu Rede Sustentabilidade, um partido novo e que se dizia diferente dos tradicionais, propondo uma nova forma de fazer política.
Vendo naufragar seu projeto, menos de 48 horas depois, adere ao Partido Socialista Brasileiro – PSB, do Governador de Pernambuco Eduardo Campos, que, na condição de também presidenciável em 2014, acabara de desembarcar da canoa governista de Dilma, devolvendo Ministérios e cargos.
Marina levou consigo, na qualidade de pré-candidato ao Governo de São Paulo, o Deputado Federal Walter Feldmann, ex-tucano, que, quando Vereador em São Paulo quase embarcou na canoa malufista e, há pouco tempo, era um dos escudeiros no Secretariado de Gilberto Kassab (PSD – ex-DEM) na Prefeitura de São Paulo.
Destaquemos, ainda, as “novas” siglas, recém registradas no TSE e já causadoras de escândalos, como o Solidariedade que, após, ser acusado de falsificação de assinaturas de apoio para obtenção de seu registro, vem sofrendo denúncias de estar realizando práticas nada republicanas envolvendo o Fundo Partidário a que faz jus, diga-se de passagem dinheiro público, como forma de arregimentar parlamentares filiados, como forma de aumentar seu cacife político, tempo de TV e o próprio fundo.
Já o neo-nanico Pros (Partido Republicano da Ordem Social), cujo seu criador Eurípedes Júnior, ex-Vereador em Goiás, admite ser um partido de centro e, em entrevista à Folha de São Paulo declarou abertamente que "Algumas pessoas que estão dentro do partido tem a tendência a votar com o governo... outros não. Tem todas as formas. Tem de tudo aqui dentro.", teve, além deste fato, outro revelado pelo jornal “O Estado de São Paulo”, o de quee seu programa partidário é um plágio do também nanico Partido Trabalhista Nacional – PTN, em suma, mais do mesmo, mais um partido sem propostas factíveis e identidade própria, em busca de conchavos e fundo partidário.
Por fim, em recente pesquisa divulgada pela mídia televisiva e contratada pela CNT (Confederação nacional dos Transportes), constatou-se que o Senador Renan Calheiros (PMDB-AL) é franco favorito para conquistar o governo de seu Estado ainda em primeiro turno no ano que vem, ele que foi um dos principais alvos dos protestos de rua recentemente ocorridos em todo o País.

Desta feita fica mais latente a descrença da população em geral nos partidos políticos brasileiros, num sistema em que o povo pouco se sente representado, mas em que o próprio povo pouco busca ou tem oportunidade de participar para impingir mudanças, nos dando a conclusão de que realmente já passamos da hora de repensar todo o sistema político brasileiro.