sexta-feira, 18 de março de 2011

Terremoto Partidário Brasileiro

O Prefeito de São Paulo, a maior cidade de nosso País, Gilberto Kassab, comunicou ao Presidente Nacional do Democratas - DEM sua saída do Partido.
O final de uma novela cujo final todos já sabiam, com a fundação de um novo partido, o PSD - Partido Social Democrata, cujo nome original seria PDB - Partido Democrático Brasileiro, o qual foi abandonado em razão de a imprensa em geral haver utilizado a sigla, pejorativamente, como Partido da Boquinha, uma alusão a ser a fundação de um novo partido uma das válvulas de escape à regra da fidelidade partidária, imposta pelo TSE por meio de seus julgamentos.
Enquanto os olhos da imprensa se grudam nesta nova agremiação, até pela importância de seu principal ator, um grupo de empresários e profissionais insatisfeitos com os rumos da política brasileira, notadamente com a oposição ao Governo petista, se movimenta para fundar uma agremiação que defenda os seu interesses, denominada Partido Novo.
O Partido Novo (http://novo.org.br/) é presidido por João Dionísio Amoêdo, integrante do conselho de administração do Itaú BBA e o vice-presidente da sigla é Marcelo Lessa Brandão, do grupo BFFC (Bob"s, KFC, Pizza Hut), e já se chegou a cogitar que por trás de tal articulação estaria o mega-empresário Eike Batista, o que foi desmentido por este e pelos integrantes da legenda.
Sob o mote de "O partido político que nasce sem políticos", os fundadores da agremiação admitem já terem gasto até o momento com a fundação do partido a quantia de R$ 400 mil, mostrando o poderio financeiro dos envolvidos na iniciativa.
Com um ideário que prega uma administração aos moldes empresarias, em contraposição à política tradicional, mas baseado no poder econômico, este pode ser mais um tsunami na política brasileira, ou simplesmente um marolinha.
Devemos esperar o final dos tremores para ver onde vão se localizar as diversas ilhas e arquipélagos partidários em nosso mapa.

Um comentário:

  1. Este partido que "ressurge" calcado no poderio econômico é um atentado à democracia (todo poder emana do povo)e a iniciativa popular.
    Ninguém do povo requereu seu surgimento e a lista peticionária (com aquele milhão de assinaturas) não passa de mero jogo de cena - uma bonita fachada para acobertar os casuísmos desse aborto político.
    Assinaturas coletadas pelos funcionários dos mandões do PSD, sem o mínimo respaldo político.
    Enfim, é a democracia vigente cujos figurões representam mais interesses privados que alguns anseios populares.

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