quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Diversidade e Respeito

Em solenidade pública na Escola de Governo do Estado do Paraná, ao comentar a ação da Administração em combate ao Câncer de Mama, o Governador Roberto Requião proferiu frase relacionando a ocorrência de tal doença em homens à realização de Passeatas Gays.


Tal declaração gerou imediata indignação de representantes e militantes do movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), deixou a sociedade espantada e levou o Governador a prestar declaração no sentido de que sua fala teria sido proferida em tom de brincadeira.

Diversas esferas de Governo, independente de matizes partidárias, vem promovendo políticas públicas de valorização das diversidades, as quais sempre marcaram e caracterizaram a sociedade brasileira, de modo a promover tais parcelas da sociedade que classificam-se como minorias ou historicamente discriminadas, dentre as quais podemos incluir os afro-descendentes, indígenas, ciganos, dentre outros mais.

Mais atualmente, ganha destaque a questão dos grupos LGBT, que vem buscando sua afirmação com a busca de seu espaço e de seus direitos, deixando o marginalismo a que estavam relegados, e mostrando-se importante ator social, o que, por outro lado, tem despertado injustificada e desmedida reação violenta por parte de grupos segregacionistas.

Os homens públicos devem lutar pelo fim de qualquer forma de ódio ou discriminação, buscando a harmonia da sociedade, e devem ter plena consciência do peso desta responsabilidade e de suas declarações.

Questões relevantes como as tratadas na fala supramencionada são sérias demais para serem objeto de qualquer tipo de brincadeira.

Ademais, há de se levar em conta, também, o sofrimento pelo qual passam os homens e mulheres acometidos por tal enfermidade, a qual ceifa vidas continuamente e não restringe seus desalentos à pessoa do enfermo, mas a toda sua família.

Os verdadeiros políticos, homens públicos na melhor acepção do termo, não se destacam pela força, mas sim pelo RESPEITO que despertam na sociedade, o que não é conquistado com brincadeiras ou preconceitos.

2 comentários:

  1. Muito interessante o interesse quanto a divulgação desta maldita doença e a ironia a qual a mesma foi envolvida.
    Se as pessoas, em geral, independente da opção sexual, preocupassem-se com as gargalhadas que os políticos dão da população, e não "de certa ironia", com certeza estes cânceres que exitem neste país (fome, assalto, assassinato, tráfico, etc) ja estariam extintos.
    Não podemos nos esquecer da intensão principal que deveria ser o fim de qualquer forma de ódio ou discriminação, buscando a harmonia da sociedade.

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  2. Sem comentários. Esse mal não só atinge as autoridades mas muitas pessoas tacanhas existentes em nossa sociedade podre

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