quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Todos iguais...

Como diria a letra da música “Ninguém É Igual a Ninguém” de Humberto Gessinger, “São todos iguais. E tão desiguais. Uns mais iguais que os outros”, estrofe esta que poderia ser, sem alguma dificuldade, referência ao sistema partidário brasileiro.
Semana passada Marina Silva lutava aguerridamente pelo registro junto ao TSE de seu Rede Sustentabilidade, um partido novo e que se dizia diferente dos tradicionais, propondo uma nova forma de fazer política.
Vendo naufragar seu projeto, menos de 48 horas depois, adere ao Partido Socialista Brasileiro – PSB, do Governador de Pernambuco Eduardo Campos, que, na condição de também presidenciável em 2014, acabara de desembarcar da canoa governista de Dilma, devolvendo Ministérios e cargos.
Marina levou consigo, na qualidade de pré-candidato ao Governo de São Paulo, o Deputado Federal Walter Feldmann, ex-tucano, que, quando Vereador em São Paulo quase embarcou na canoa malufista e, há pouco tempo, era um dos escudeiros no Secretariado de Gilberto Kassab (PSD – ex-DEM) na Prefeitura de São Paulo.
Destaquemos, ainda, as “novas” siglas, recém registradas no TSE e já causadoras de escândalos, como o Solidariedade que, após, ser acusado de falsificação de assinaturas de apoio para obtenção de seu registro, vem sofrendo denúncias de estar realizando práticas nada republicanas envolvendo o Fundo Partidário a que faz jus, diga-se de passagem dinheiro público, como forma de arregimentar parlamentares filiados, como forma de aumentar seu cacife político, tempo de TV e o próprio fundo.
Já o neo-nanico Pros (Partido Republicano da Ordem Social), cujo seu criador Eurípedes Júnior, ex-Vereador em Goiás, admite ser um partido de centro e, em entrevista à Folha de São Paulo declarou abertamente que "Algumas pessoas que estão dentro do partido tem a tendência a votar com o governo... outros não. Tem todas as formas. Tem de tudo aqui dentro.", teve, além deste fato, outro revelado pelo jornal “O Estado de São Paulo”, o de quee seu programa partidário é um plágio do também nanico Partido Trabalhista Nacional – PTN, em suma, mais do mesmo, mais um partido sem propostas factíveis e identidade própria, em busca de conchavos e fundo partidário.
Por fim, em recente pesquisa divulgada pela mídia televisiva e contratada pela CNT (Confederação nacional dos Transportes), constatou-se que o Senador Renan Calheiros (PMDB-AL) é franco favorito para conquistar o governo de seu Estado ainda em primeiro turno no ano que vem, ele que foi um dos principais alvos dos protestos de rua recentemente ocorridos em todo o País.

Desta feita fica mais latente a descrença da população em geral nos partidos políticos brasileiros, num sistema em que o povo pouco se sente representado, mas em que o próprio povo pouco busca ou tem oportunidade de participar para impingir mudanças, nos dando a conclusão de que realmente já passamos da hora de repensar todo o sistema político brasileiro.

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